Pé plano no adulto

A disfunção do tendão tibial posterior é uma das causas mais comuns de um pé plano no adulto, anomalia progressiva que causa muita dor em decorrência do estiramento do tendão e ligamentos, podendo conduzir à ruptura do tendão.

As causas da disfunção do tendão tibial posterior são multifatoriais, podendo estar associadas a traumas, doenças inflamatórias alteração vascular ou hormonal. Na maioria dos casos, o tratamento é cirúrgico.

O tendão tibial posterior age através de uma excursão de apenas 2 centímetros, portanto qualquer lesão ou doença que provoque um estiramento ou torne o tendão um pouco mais longo promove uma perda importante da função. Esse processo pode ser agudo, como um corte ou trauma, ou crônico, como em doenças inflamatórias e degenerativas.

Quando ocorre a disfunção do tendão tibial posterior, em um primeiro momento o arco do pé se mantém estável através dos ligamentos que dão suporte aos ossos e às articulações. Com o passar do tempo, o peso corporal e a carga mecânica exercida sobre esses ligamentos fazem com que eles cedam e fiquem mais frouxos, perdendo a tensão de sustentação e causando a queda do arco plantar.

A perda do arco plantar faz com que o pé fique plano (pé chato), favorecendo outras alterações anatômicas secundárias como o encurtamento dos tendões fibulares e a lateralização do tendão calcâneo (tendão de Aquiles).

Com a progressão e o agravamento da deformidade do pé, as articulações envolvidas são forçadas a trabalhar em ângulos diferentes e não anatômicos, o que leva ao desgaste precoce da cartilagem articular (artrose).

Inicialmente o tratamento é feito com o uso de anti-inflamatórios e fisioterapia. Exercícios de fortalecimento dos tendões flexores, incluíndo o tendão Tibial Posterior, auxiliam a aliviar os sintomas iniciais.  Algum tipo de suporte do arco do pé pode ser usado, como tornozeleiras específicas ou palmilhas de apoio. Mulheres que tem o hábito de utilizar rasteiras e sapatilhas devem evitá-las. Controle do diabetes e do peso corporal, parar de fumar, entre outros cuidados, são essenciais para o tratamento da doença.

Se a patologia progredir e houver desabamento do arco do pé, com deformidades presentes, o tratamento conservador passa a ser paliativo e apenas sintomático, uma vez que estas alterações não são reversíveis sem cirurgia.

O tratamento cirúrgico depende de diversas peculiaridades de cada caso, podendo exigir osteotomias para correção do formato do pé, transferências tendíneas para reforço das alavancas, reconstruções de ligamentos insuficientes e eventualmente artrodeses quando as articulações envolvidas já estão degeneradas. Atualmente, com o diagnóstico precoce e o acesso à informação pelo paciente, é possível evitar a progressão desenfreada desta doença, com tratamentos menos invasivos e com menor morbidade.

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